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Pegadas do Criador

  • Foto do escritor:  Ribamar Diniz
    Ribamar Diniz
  • 6 de set. de 2024
  • 4 min de leitura

Os participantes do V Encontro Sul-Americano de Fé e Ciência na Bolívia visitaram o Parque Nacional Torotoro, onde são encontradas inúmeras pegadas de dinossauros. Essa atividade foi precedida por uma palestra do Dr. Wilson Quiróga, sobre as famosas pegadas, presentes em grande quantidade em outros lugares do país. Aproveito o momento para postar um texto antigo (escrito em 2010), no contexto de uma excursão acadêmica a Torotoro. Nessa época eu estudava Teologia na Universidade Adventista da Bolívia e o Pr. Paulo dos Santos conduziu minha turma nessa excursão, para concluir uma disciplina sobre Ciência e Bíblia. O título acima, é o que "vi" naquela ocasião e espero que você também enxerguem nosso Criador se revelando através das evidências desse santuário boliviano.


Visitar o Parque Nacional Torotoro é como retornar a um passado distante, quando a Terra era governada por dinossauros. Naquela época, os homens e os grandes répteis dividiam o espaço em um mundo jovem e belo. Mas, o mal levou Deus, o Criador, a fazer uma intervenção sobrenatural, destruindo “toda a carne” com as águas do dilúvio. É possível que no dilúvio e/ou posterior (Gênesis 6-9) os dinossauros tenham sido eliminados, deixando ao homem o domínio absoluto do planeta. Muitos animais sobreviveram e permanecem vestígios daqueles que morreram. Torotoro, notavelmente, revela várias dessas marcas.


Convido você a descobrir “a maravilha natural pré-histórica, Torotoro, terra dos dinossauros”.

Nosso grupo (formado por cerca de 80 pessoas) percorreu 138 km de Cochabamba, com grandes expectativas, até a cidade de Torotoro, localizada ao norte do Departamento de Potosí. Torotoro possui 10.700 habitantes que vivem da agricultura (milho, trigo, cevada, batata, etc.) e do turismo. Pablo, nosso guia, é um dos moradores que se beneficia diretamente com o turismo de aventura. As mulheres locais vendem seu artesanato aos visitantes. Outros moradores recebem muitos turistas de diversos países em pousadas e pequenos hotéis. Torotoro possui altitudes que variam entre 1.900 a 3.800 metros acima do nível do mar. Seu clima é temperado, com média de 16°C.


O Parque Nacional Torotoro foi criado em 1989, com área de 16.570 hectares. É mantido pelo Serviço Nacional de Áreas Protegidas, contando também com a contribuição da Torotoro Conservation Society e de instituições internacionais como a FHI: Fundação contra a fome. A formação do complexo foi obra de um vulcão ou de um grande cataclismo. Entre os pontos que pudemos visitar estão:


Pinturas rupestres: “É encontrada nas cavidades das rochas às margens dos rios. São desenhos simples que representam cenas do cotidiano.” Segundo informações, pertencem a um antigo povo pré-inca, os Churpas, que viviam na região. Uma das inscrições representa um mapa, destacando a localização da cidade e uma cena de gestação.


Casa de Pedra: construída por um artista apaixonado pela pré-história ao longo de 22 anos, como uma iniciativa particular. O médico “de pedra” transformou seu lar numa casa de pedra, lindamente decorada com formações geológicas e diversas camadas sedimentares. Sua coleção particular apresenta rochas, meteoritos, aranhas petrificadas, madeira fossilizada, conchas fossilizadas, coprólitos (cocô de dinossauros), etc.


Pegadas de dinossauros: espalhadas por amplos espaços ao redor de “Torotoro, claramente visíveis em afloramentos rochosos e encostas”. Vestígios de 21 dinossauros diferentes (herbívoros e carnívoros) e do pterodátilo já foram identificados em todo o parque. Estas pegadas (algumas em alto relevo e outras de dinossauros com os seus descendentes) começaram a ser catalogadas na década de 1960 com a visita dos primeiros especialistas em arqueologia e geologia.


Cânion e Pomar: Visto do mirante é um espetáculo de se ver, com seus 220 metros de profundidade e 7 quilômetros de extensão, abertos por “um cataclismo” (o dilúvio?). Descendo um caminho de 740 graus você encontra a cachoeira do Vergel, uma deslumbrante palco, cheio de águas vivas que lembram Jesus, fonte de águas vivas (João 7:37-39). Ali, olha-se para cima e vê-se um tapete verde vivo, vertendo toneladas de águas cristalinas da rocha.


Umajalanta: “A atração das estrelas está estabelecida. Fica a 10 quilômetros da cidade e seu percurso dura uma hora e meia, apresentando diferentes graus de dificuldade dependendo dos trechos.” A caverna tem 7 quilômetros de extensão e tivemos a oportunidade de visitar 1.400 metros. No seu interior é possível encontrar formações espeleológicas (estalactites e estalagmites), além de morcegos, peixes e outras atrações.


Teatro de Pedra: Localizado no morro, impressiona pela clareza das camadas sedimentares. Junto com este teatro ao ar livre, também pudemos ver pontes de pedra, com cerca de 7 metros de largura.


Centro de artesanato: Em um grande prédio as mulheres vendem sua arte. A perfeição se destaca nos ponchos (gorros típico boliviano), chapéus, saias, pulseiras, mantas, etc., todos ricamente decorados com motivos andinos.


Fauna e flora: A vegetação do vale é diversificada, mas avistamos uma espécie que já completou 250 anos de vida; a árvore da vontade (formada por uma semente que caiu entre duas pedras), trepadeiras, samambaias, orquídeas. Os arados são feitos com lança e há plantas que servem para extrair tinta e colorir aguayos (peça de tecido multiuso da Bolívia). Charangos (instrumento musical com 10 cordas) são feitos da madeira da árvore naranjullo. Existem diversas plantas medicinais. Torotoro possui 20 plantas endêmicas. Também é possível encontrar antigos fornos e currais onde os agricultores mantêm os seus rebanhos de ovelhas e cabras. A vegetação é cortada por rios e fontes de água. No céu, abutres, águias, falcões e outras aves exóticas, como o papagaio-de-testa-vermelha, competem pelo espaço aéreo. Animais como o puma, raposas, cobras, gatos selvagens, cães de caça e outros vivem neste ecossistema. Minerais como quartzo, penas, bronze, carvão e ouro (próximos ao parque) são explorados.


Fósseis: Além das pegadas, o parque apresenta uma variedade de fósseis como trilobitas, conchas e tartarugas antigas. O interior da terra guarda muitos tesouros, aguardando o patrocínio de entidades para retirá-los. A grande quantidade de fósseis marinhos (conchas, plantas, moluscos, etc.) são evidências inquestionáveis ​​de um dilúvio universal.


O passeio serviu para fortalecer nossa fé no Criador e confirmar a extensão e a força do dilúvio bíblico, contribuindo muito para a nossa formação como promotores do criacionismo bíblico.


Mais informações sobre o parque e suas riquezas podem ser encontradas no site www.torotoro-bolivia.com.


Ribamar Diniz estudou Teologia na Universidade Adventista da Bolívia. Atualmente é Mestre em Teologia e História e pastor na Missão Pará-Amapá.

 
 
 

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© 2020 por Flávio Diniz

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