O papel dos historiadores adventistas

A preocupação de Wellington Barbosa, no editorial da Revista Adventista de maio, é um fato: “observa-se um acentuado declínio em nossa consciência histórica”. Tal atitude afasta os adventistas de suas origens, olvidando seus referenciais e desfoca o futuro do remanescente, reduzindo o engajamento. Em suma, desconhecer nossa história é perder nossa identidade, e, sem identidade, não temos nada.

Afinal de contas, “a história é a memória da sociedade”.Pessoas que sofrem de amnesia e ignoram quem são, não podem desempenhar-se normalmente na vida; quando um povo desconhece seu passado não pode funcionar adequadamente. (Ver Gary Land, Historia: um abordaje bíblico-cristiano para professores y estudiantes, 16).

Algumas pessoas e instituições têm contribuído pararesgatar as memórias dos pioneiros e difundir nossa história denominacional. Entre eles, destaco o Prof. Elder Hosokawa e o curso de história do Unasp; o Pr. Alberto R. Timm e o Centro Nacional da Memória Adventista e o Centro de Pesquisas Ellen G. White, que preserva grande acervo para pesquisas; o jornalista Michelson Borges e a Casa Publicadora Brasileira, que publica livros e artigos dessa natureza, como a matéria de capa de maio.

Há outros nas entrelinhas, como o LEHME (Laboratório de Estudos, História e Memória institucional do UNASP), memorialistas, historiadores e apaixonados, aos quais me uni há 20 anos, pesquisando o adventismo no Nordeste e Norte, cujo centenário da ANPA (seu campo mais antigo), deve virar livro em 2027. Um grupo de colaboradores está escrevendo a obra. A Faculdade Adventista da Amazônia também pretende inaugurar um museu com a história das missões adventistas na região. Além destes projetos, precisamos unir historiadores adventistas e dialogar sobre o que pode ser feito, além de registrar a trajetória de nossos pioneiros, congregações e instituições locais.

Scripta manent, verba volant!

Ribamar Diniz é pastor, escritor e editor.

Doutorando emTeologia Sistemático e Mestre em História