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Novo presidente, mesma missão!

  • Foto do escritor:  Ribamar Diniz
    Ribamar Diniz
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Os adventistas do sétimo dia têm um novo presidente. Sua missão, porém, continua a mesma. Erton Carlos Köhler tornou-se, no dia 04 de julho, o primeiro brasileiro a presidir uma igreja com 23 milhões de membros espalhados por 212 países. Antes, Köhler atuou como pastor de igreja, líder do departamento de jovens e administrador da Divisão Sul-Americana. Há quatro anos, era o secretário executivo da Associação Geral. Sua nomeação, com amplo apoio dos delegados presentes em San Louis, demonstra que Köller começou bem. 


Os adventistas sul-americanos estão eufóricos. Ter Köhler como presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia dará grande visibilidade à nossa região nos próximos anos. Alguns duvidavam que um latino fosse um dia eleito como líder de uma denominação com sede nos Estados Unidos. A decisão tomada demonstra o desejo da igreja em completar a missão, independente de fatores que dividem as pessoas. Mais do isso, revela que o chamado sul global se tornou a esperança da promoção missionária do adventismo. O Brasil, nesse aspecto, desponta como base missionária indispensável.  


Independente do presidente, nossa missão continua. Ela está acima de qualquer gestor humano. Embora se espere que o novo líder guie nossa denominação no evangelismo global, ele também é um servo da missão. Sua liderança será avaliada com um critério inegociável: manter a igreja nos trilhos da grande comissão encomendada por nosso Senhor (Mateus 28:18-20).  


Dos 18 presidentes em nossa história, eu vi a atuação de três. Quando ingressei na Igreja Adventista, Robert Folkenberg presidia a igreja (1990-1999). Ele foi o elo de uma igreja analógica a uma denominação tecnológica. Folkenberg marcou a missão através da inovação. Dois destaques especiais: o projeto Missão Global plantou igrejas em todo o mundo e a NET95, conduzida por Mark Finley, inaugurou o evangelismo via satélite. O seguinte presidente foi Jan Paulsen (1999-2010), um homem sereno, que conduziu a missão através da unidade e do diálogo aberto. Alguns destaques especiais: os projetos “um milhão em ação” (mobilizou um milhão de missionários voluntários); “a Bíblia viajante” e a distribuição de 1 bilhão de folhetos. Em seguida, veio Ted Wilson (2010-2025), que fortaleceu a missão através do reavivamento, do total envolvimento dos membros e do evangelismo urbano. Um momento marcante foram os 100 mil batismos em maio de 2016, em Ruanda.  


O que esperar de Erton Köhler? Como ele conduzirá nossa missão? É possível que repita, globalmente, o que fez na América do Sul. Grandes projetos. Ênfase na unidade e na identidade. Avanço institucional para apoiar a missão. É preciso esperar para ver. Uma certeza, porém, já temos: o ritmo da missão será acelerado

 

Graças a Deus, todos os nossos presidentes promoveram nossa missão. Com Erton não será diferente. Desde John Byngton nosso primeiro presidente (1863-1865), até o último antes da vinda de Jesus, a principal tarefa desses líderes é supervisionar a missão, em todas as esferas. É impulsionar a evangelização global. Seu maior desafio é unir os crentes para “anunciar as virtudes daquele que vos chamou das trevas, para Sua luz admirável” (1 Pedro 2:9). Para isso, eles são eleitos. Por essa causa, carecem de nossas orações e apoio. Sem esse foco, perdem sua relevância. A cadeira de presidente, sem a missão no coração, desqualifica qualquer um para assumir este posto.    


Temos um novo presidente! Isso é bom, pois renova o ímpeto na missão. Cria motivação entre os membros. Gera expectativa nos líderes. Suscita curiosidade na sociedade. Espero que Erton seja nosso último líder global. Que, durante seu mandato, o evangelho seja pregado a “todo o mundo” (Mateus 24:14), em nossa geração, e Jesus venha reunir Seu povo.   


A obra missionária do adventismo começou há 180 anos (Apocalipse 14:6-12). A missão, em termos cronológicos, veio antes da presidência da igreja. Sempre será assim. A missão vem antes da posição. A função existe devido à missão. 


Desde 1844, proclamamos a segunda vinda de Cristo. Ensinamos também que o sábado é o dia de guarda. Compartilhamos as demais verdades das Escrituras. Continuaremos fazendo isso. Afinal de contas, nossa esperança está no céu, de onde “aguardamos o nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2:13).


Mais detalhes: NOTÍCIAS ADVENTISTAS

 

Ribamar Diniz, doutorando em Teologia Sistemática, Mestre em História e Especialista em Missão Urbana, atua como pastor na Associação Norte do Pará e professor visitante na Faculdade Adventista a Amazônia. 

 

 

 
 
 

1 comentário


Assis Alencar
Assis Alencar
há 2 dias

Parabéns, Ribas! Texto claro, objetivo e inspirador. Deus seja louvado 🙌🏼🙏🏼

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© 2020 por Flávio Diniz

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