
Há 176 anos, uma mensagem poderosa impactou o mais jovem dos continentes e alterou radicalmente a vida de milhões de seres humanos. Esta mensagem transformou pessoas, famílias, comunidades, vilas, cidades, países; desfez velhas ideias; desafiou tradições; revolucionou o pensamento cristão e agitou as igrejas. Como um anjo celestial, esta mensagem viajou com grande velocidade e intenso poder, alcançando os corações...
Um texto bíblico que inspirou esse movimento foi: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas.” (Apocalipse 14: 7). Este anúncio solene teve um impacto irrepetível na vida da América do Norte no século XIX.
Tudo começou com um fazendeiro que não queria pregar. Silenciosamente, as profecias bíblicas entraram em sua vida, convenceram sua mente e inflamaram seu coração. Elas firmaram seus pés e deram sentido à sua existência. Elas arrebataram sua experiência espiritual. Guilherme Miller queria recusar o convite, mas a voz em sua consciência soava como um martelo na bigorna: “Diga ao mundo, diga ao mundo, diga ao mundo.” A voz insistente do Espírito venceu a hesitação do ancião. Como um embaixador do céu, ele saiu para dar uma mensagem que mudaria o mundo.
De sua amada pátria, o jovem continente americano, a mensagem do segundo advento chegaria ao globo. Com todas as suas forças, Miller pregou que em breve Jesus viria para levar seu povo à alegria eterna, punir os ímpios e inaugurar seu reino eterno. No entanto, o assunto era importante demais para ser proclamado por um só homem. Outros se juntaram a ele e os arautos da esperança se multiplicaram. Mesmo assim, a voz de todos eles era fraca demais para ser ouvida em lugares distantes. Eles rapidamente criaram novos planos. Como inspirados por Gutenberg, escolheram sua invenção para dar poder a voz. A imprensa podia ampliar o alcance da mensagem. Os pregadores chamaram o povo ao arrependimento e as publicações alcançaram os que estavam distantes. Ambos os meios foram confirmados na esperança do breve retorno do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Milhares disseram, com certeza de fé: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pedro 3: 10-12).
Devido à urgência e seriedade da mensagem, manifestações de conversão genuína se repetiram em todo o continente. Bares foram fechados, igrejas reavivadas, famílias convertidas. Os pastores acompanharam o movimento das águas batismais, com milhares sepultando suas velhas vidas de pecado.
Como as folhas de outono, milhares de publicações cheias de esperança foram distribuídas por todo o continente.
O pastor Carlos Fitch ouviu a mensagem de Miller e acreditou. Ele decidiu dedicar a força de seus 30 anos para pregar e batizar pessoas. Poucos dias antes de 22 de outubro de 1844, Fitch batizou três grupos sucessivos de conversos. Ele ficou gravemente doente. Na segunda-feira, 14 de outubro, morreu de tuberculose.
Embora sua família tivesse fé na breve volta de Jesus, dias depois daquela tragédia, mamãe choraria com seus filhos, porque Jesus não voltou.
Fitch sacrificou sua vida; Guillermo Miller seu dinheiro; dezenas de pastores seus empregos; famílias perderam sua colheita. Os jovens sacrificaram seus estudos. O mais importante era proclamar a mensagem bendita. As coisas deste mundo não importavam. Jesus tinha um lugar melhor para todos. Mas Jesus não veio.
Eles estavam equivocados no evento, mas certos na data. Devido ao amargo desapontamento, Deus despertou um poderoso movimento que compreendeu toda a mensagem. Um movimento que continua a pregar: Jesus em breve voltará! Estamos falando sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Esse grupo continua anunciando, perto e longe, que a “bendita esperança” está para concretizar-se (Tito 2:13). Não haverá decepção. Sua vinda é certa. E você, querido irmão, o que está fazendo por essa mensagem? o que está sacrificando? como está se preparando?
Ribamar Diniz
Pastor, escritor e editor. Ele foi batizado na Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1996. Sua missão de vida é impactar o mundo com a mensagem adventista para que Jesus volte nessa geração.
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