Esse artigo é o terceiro e último da série O vestuário no Adventismo. Nos três anteriores abordamos os princípios bíblicos e os conselhos de Ellen White a respeito. Com base nisso, resumimos agora as diretrizes da Igreja sobre a questão. Esperamos que o material tenha esclarecido alguns dúvidas e auxiliado líderes na condução desse delicado, porém, importante assunto para o povo de Deus.
Frequentemente jovens se perguntam se há algum problema em deixar o cabelo crescer ou usar cortes tipo rabo de cavalo. Embora devamos evitar polêmicas, os princípios relacionados com a modéstia cristã são claros. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, com base na Bíblia, reconhece a influência prejudicial da moda em nossos dias, o que inclui penteados e cortes de cabelo.
O Tratado de Teologia Adventista menciona: “O mundo da moda tenta ditar o que homens e mulheres devem usar e como devem modelar o cabelo e decorar o rosto. Cada temporada que passa traz alguma mudança, tornando obsoleto o guarda-roupa da estação passada. Não bastasse isso, alguns estilos zombam dos princípios bíblicos da modéstia, da simplicidade e da temperança. O discipulado cristão requer total lealdade a Cristo, sem deixar ensejo para os cristãos serem escravizados pelos ditames da moda.”[1]
Nessa discussão, nossa conduta deveria se pautar pelos princípios bíblicos e não pelo nosso gosto pessoal. Por essa razão, a Igreja Adventista já tomou votos, publicou recomendações e incluiu o assunto em uma de suas crenças fundamentais. Vejamos as principais orientações a respeito.
O vestuário na Crença Fundamental Conduta Cristã
Uma das crenças fundamentais adventistas do sétimo trata diretamente do assunto da modéstia. Trata-se da crença fundamental número 22, conduta cristã, que aborda o discipulado ou santificação do povo de Deus. Parte dela menciona o tema do vestuário e adornos. “Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário deve ser simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verdadeira beleza não consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso e tranquilo.”[2]
Entre os textos bíblicos que apoiam a declaração, estão 1 Tm 2:9,10 e 1 Pe 3:1-4, que resumem nossos princípios a respeito. Esse trecho da declaração é bastante abrangente. Podemos inferir que a Igreja reconhece a impossibilidade de recomendar um padrão de vestuário para todos, por causa das diferenças culturais. Apesar disso, crê que a simplicidade, a modéstia e o bom gosto deveriam ser seguidos por todos. Além disso, desaconselha o uso de adornos, ao contrastar o adorno exterior com o interior.
O vestuário no Manual da Igreja
O Manual da Igreja, cujo texto é aprovado pela Assembleia da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo a cada cinco anos, é um documento representativo e autorizado para todo o corpo de crentes[3]. Ele faz algumas referências ao vestuário.
Na página 50, o Manual fala sobre a vestimenta apropriada para o batismo: “Deve-se ter o cuidado de prover vestimenta adequada para os candidatos, de preferência roupões de tecido pesado. Se não houver roupões disponíveis, os candidatos devem vestir-se com modéstia.” A preocupação do Manual relaciona-se ao decoro. Às vezes, dependendo do lugar, candidatos ao batismo usam suas próprias roupas, o que pode implicar em exposição desnecessária diante do público que assiste a cerimônia. Cada igreja, então, deveria confeccionar roupões de tecido grosso ou usar chumbo na barra das becas para evitar que ela flutue na água. Caso não possível, será necessário orientar previamente os candidatos, a usar roupas apropriadas.
Na página 97, o Manual trata do vestuário dos membros do coral e outros músicos: “Por ocuparem um lugar de destaque nos cultos da igreja, devem ser exemplos de modéstia e decoro em sua aparência e no vestuário. O uso de roupões ou becas para o coral é facultativo.” A preocupação da Igreja está relacionada a vários fatores, mas principalmente “exercer cuidado ao escolher os membros do coral e outros músicos para que representem corretamente os princípios da igreja.” Novamente se pode ver o elemento da modéstia e do decoro, tanto na aparência como no vestuário, no cotidiano e nas apresentações.
No capítulo 12 do Manual, intitulado Normas de vida cristã, o item vestuário resume vários princípios e conselhos. A passagem está construída sobre passagens do Espírito de Profecia e recomendações pertinentes.
Entre outras coisas, se destaca o propósito do vestuário: “Proteger o povo de Deus da corruptora influência do mundo” e promover a saúde física e moral (Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 634). Ellen White aconselhou a evitarmos “adorno espalhafatoso e ornamentação exagerada, modismos e modas extremas, especialmente as que transgridem as leis da modéstia e que nossas roupas devem ser, quando possível, ‘de boa qualidade, de cores próprias, e adequadas ao uso. Devem ser escolhidas mais com vistas à durabilidade do que à aparência.’ nossa roupa deve ser caracterizada pela modéstia, ‘beleza’, ‘graça’, e ‘a conveniência da simplicidade natural’” (Mensagens aos jovens, p. 351, 352, MI, 152)
O Manual também fala sobre joias e adornos. Sobre joias, cremos que “trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de joias e ornamentos de toda espécie está em harmonia com nossa fé” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 366). “É claramente ensinado nas Escrituras que o uso de joias é contrário a vontade de Deus.” (MI, 152). Sobre o uso da aliança de casamento, em países onde esse costume é considerado imperativo não condenamos a prática. Isso não inclui alianças de compromisso, adotadas recentemente por alguns por jovens quando começam a namorar ou anéis de formatura[4].
Sobre maquiagem, há uma sutil orientação: “Devemos evitar o uso de cosméticos que não se coadunam com o bom gosto e com os princípios da modéstia cristã.” (MI, p. 151)
Logicamente isso pode incluir, embora não se resuma, a batons, maquiagem carregada, etc. “Os pais, por meio do exemplo, instrução e autoridade, devem guiar os filhos “a vestir-se com modéstia” e estaremos “bem vestidos unicamente quando tivermos atendido às normas da modéstia no uso de vestuário de bom gosto e conservador.” (MI, p. 152)
Na página 174, o Manual apresenta o vestuário na crença Conduta cristã, já comentada acima.
Finalmente, na página 187, o Manual fala sobre o vestuário e o lava-pés: “Onde for socialmente aceitável e onde o vestuário for tal que não haja falta de modéstia, podem ser feitos arranjos separados para que marido e mulher ou pais e filhos batizados possam participar juntos da cerimônia do lava-pés.”
O vestuário no Livro Nisto Cremos
O livro Nisto Cremos é um comentário das 28 crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Embora este volume não represente uma declaração votada oficialmente – já que somente uma sessão da Associação Geral poderia tomar tal medida -, ele deve ser visto como uma exposição teológica representativa da ‘verdade em Jesus’ (Ef 4:21) que os adventistas do sétimo dia ao redor de todo o globo aceitam e proclamam.”[5]
O capítulo 22 da obra comenta a crença fundamental “Conduta cristã”, que é “o estilo de vida de um seguidor de Deus”, que se manifesta em grata resposta a salvação em Cristo[6]. O terceiro subtítulo, “as bençãos de Deus para a saúde total”, inclui a benção do vestuário cristão. Cinco princípios são ali apresentados sobre como deve ser nosso vestuário[7]:
1. Simples. “O testemunho cristão convida à simplicidade...”[8]
2. De alta virtude moral. “Uma vez que desejam testemunhar aos outros, os cristãos se vestirão e agirão com modéstia, não acentuando as partes do corpo que estimulam desejos sexuais. A modéstia promove a saúde moral.”[9]
3. Prático e econômico. Como mordomos, os cristãos praticarão a economia, evitando o uso de “ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso” (1 Tm 2:9) e comprando o vestuário mais durável.
4. Saudável. “Os cristãos evitarão o uso de roupas que não protejam adequadamente o seu corpo, ou que causem compressão excessiva sobre o mesmo, ou que de qualquer outra forma venham a causar deterioração de sua saúde.”[10]
5. Caraterizado pela graça e belezas naturais. A percepção de beleza, para Deus, caracteriza-se pela graça, simplicidade, pureza e encantos naturais. Demonstrações mundanas, como as modas passageiras, não possuem valor aos Seus olhos (1 Tm 2:9).
Como extensão do vestuário, três pontos tratam dos adornos, que devem ser evitados porque: O caráter expõe a verdadeira beleza da pessoa. Os apóstolos Pedro e Paulo, expõem o princípio básico para homens em mulheres nessa área (1 Pe 3:3 e 1 Tm 2:9,10). A simplicidade harmoniza-se com a reforma e o reavivamento, pois Jacó enterrou todos os “deuses estrangeiros” e “argolas” que seus familiares tinham (Gn 35:2, 4). Deus ordenou que Israel, após adorar o bezerro de ouro, tirasse “os atavios, para que Eu saiba o que te hei de fazer” (Êx 33:5, 6). Mordomia adequada requer vida de sacrifício. O materialismo e a ostentação não devem dominar nossa vida de simplicidade e serviço.
“Cremos que os cristãos não se devem adornar com joias. Entendemos assim que o uso de brincos, anéis, colares e braceletes, bem com vistosos prendedores de gravata, abotoaduras e broches – ou qualquer outro tipo de joia cuja função principal seja de adorno – é desnecessário e não se harmoniza com a simplicidade de adorno recomendada pelas Escrituras.”[11]
“A Bíblia associa os cosméticos pomposos com paganismo e apostasia (2 Rs 9:30; Jr. 4:30). No tocante a cosméticos, portanto, cremos que os cristãos deveriam manter a aparência natural e saudável. Se erguermos bem alto a figura do Salvador pelo modo como falamos, agimos e nos vestimos, nos tornaremos tais quais magnetos, atraindo pessoas a Ele.”[12]
O vestuário no Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia
O Tratado de Teologia Adventista é “um manual básico das principais doutrinas e práticas dos adventistas do sétimo dia”, preparado pelo Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral, ao longo de 10 anos[13]. A obra, com mais de mil páginas, “é amplamente representativo da teologia adventista dominantes e da erudição bíblica, conforme praticada em toda a Igreja Adventista mundial.”[14] Cada crença fundamental é apresentada através de sua base bíblico-teológica, desenvolvimento histórico e comentários de Ellen White.[15] O capítulo 19 aborda o estilo de vida e conduta cristã, incluindo o tema do vestuário.
O Tratado descreve três princípios gerais[16] sobre padrões de vestuário: O princípio da frugalidade recomenda roupas de boa qualidade, adequadas ao usuário e apropriadas à ocasião, para evitar o desperdício. O princípio da modéstia (1 Tm 2:9) pede moderação na aparência, para evitar chocar, impressionar espectadores ou atrair a atenção. “Os extremos, que expõem o corpo de alguém, e a opulência, contradizem o senso cristão de decoro e decência”.[17] O princípio da beleza interior (1 Pe 3:3,4) desvia a admiração de cores e estilos para o coração, pois baseamos nossa autoimagem na beleza interior; não dependemos de ornamentos externos para termos autoestima (Pv 31:20).
Jesus é um exemplo de modéstia e temperança no vestir, enquanto Lúcifer “caiu porque seu coração se tornou orgulhoso por causa de sua beleza (Ez 28:1-10. Mesmo um anjo não está seguro do poder enfeitiçante da indevida atenção à beleza.” A unção de Davi também ilustra a norma divina de beleza (1 Sm 16:6-13) e a Bíblia apresenta várias regras sobre decoro (1 Sm 16:7; Mt 6:28-33; Rm 12:3; Tt 2:2-7 e 1 Pe 3:3-5).[18]
Sobre joias, o Tratado oferece uma posição alternativa a visão liberal do mundo do mundo cristão, interpretando o suposto apoio das Escrituras ao uso de adornos. Passagens bíblicas como Salmo 45:9; Ezequiel 16:11-13 e Apocalipse 21:2 são usadas para endossar o uso de joias, e muitos veem 1 Timóteo 2:9 e 1 Pedro 3:3 e 4 como determinações excepcionais.
Entretanto, o uso de adornos na Bíblia reflete diferentes propósitos e intenções. As joias nas vestes do Sumo Sacerdote, por exemplo, eram simbólicas; os adornos das noivas na Bíblia serviam para agradar ao noivo, assim como os atavios da Nova Jerusalém. Quando Deus adorna uma donzela em Ezequiel 16:11-13, está apenas simbolizando Seu povo e sua redenção. A Escritura usa imagens da época para ensinar verdades, mesmo quando a imagem não deva ser aplicada em sentido literal (Os 1:2; 3; Lc 16:19-31).[19]
“Embora seja verdade que a bíblia relata diversos casos de uso de oias para os quais não parece haver condenação (Rebeca em Gn 24:30; José em Gn 41:42; e o pródigo em Luc 15:22), o uso de joias também é associado com mulheres más (Jezbel em 2Rs 9:30; as filhas rebeldes de Israel em Is 3:16-24; e a prostituta de Ap 17:4). Além disso, em dois exemplos claros, as joias foram removidas num tempo de reavivamento espiritual (ver Gn 35:2; 4; Êx 33:5, 6).”[20]
Finalmente, o Tratado apresenta quatro razões[21] porque os adventistas se abstêm de ostentar joias: Cremos no Deus Criador, e dependemos totalmente dele; “depender, ainda que ligeiramente, da possa de valiosos ornamentos perecíveis, comprometeria nosso testemunho (Mt 6:19-21, 25, 26)”. Somos discípulos do humilde e modesto Mestre, imitando sua humildade e simplicidade (Jo 15:18-20). Valorizamos a beleza interior resistindo à manipulação publicitária e da sociedade. Preocupamo-nos com as necessidades dos outros, o que exige simplicidade no estilo de vida (Mt 25:31-46) para apoiar os carentes e pregar o evangelho.
O vestuário no documento Estilo de Vida Cristã Adventista
Em 2012, a Divisão Sul Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia preparou o documento “Estilo de vida Cristã Adventista”, baseado nas orientações do Manual da Igreja (edição de 2010), e no capítulo “Estilo de vida e conduta cristã”, do Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia.[22] O material foi divulgado entre os membros da Igreja em duas edições especiais da Revista Adventista (sendo uma adaptada para adolescentes)[23].
A introdução do documento é cristocêntrica e explica os dois ensinos bíblicos que fundamentam a importância do estilo de vida adventista: a restauração da imagem de Deus no ser humano e a missão profética específica da Igreja Adventista no final dos tempos. Nesse caso, a modéstia e decência são atributos externos operados pelo Espírito Santo e a vestimenta um componente destacado na vida de João Batista, modelo profético da Igreja Adventista.[24]
Nas recomendações relacionadas a vestuário, joias e ornamentos, se destaca:
“O vestuário cristão é claramente orientado nas Escrituras pelo princípio da modéstia e da beleza interior que implicam bom gosto com decoro. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que os princípios acerca do vestuário que aparecem em 1 Timóteo 2:9 e 10 e 1 Pedro 3:3 e 4, em relação às mulheres cristãs, se aplicam tanto a homens como a mulheres. O cristão deve se vestir com modéstia, decência, bom sendo, evitando a sensualidade provocativa tão comum da moda, e sem ostentação de ‘ouro, pérolas ou pedras preciosas, ou vestuário dispendioso’ (1 Tm 2:9). Esse princípio deve aplicar-se-ão apenas a roupas, mas a todas as questões que envolvem a aparência pessoal e seus enfeites.”[25]
“O cristão deve abster-se do uso de joias e de outros ornamentos, como bijuterias e piercing, e de tatuagens (Lv 19:28). Segundo a exortação bíblica, o cristão deve levar uma vida simples, sem ostentação, evitar despesas desnecessárias e estar livre do espírito de competição tão comum na sociedade. Esses princípios de aplicam as joias ornamentais. As joias funcionais, usadas segundo o contexto sociocultural, também devem seguir os mesmos princípios [...] a busca de autoestima e valorização social por meios do uso de joias ou ornamentação externa conflita com a profunda experiência cristã que Deus deseja para Seus filhos e filhas.”[26]
Considerações finais
Esse artigo reuniu vários princípios bíblicos, conselhos de Ellen G. White e recomendações oficiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre o vestuário. Através de uma equilibrada análise dessas três fontes, se pode conhecer tanto a teologia como a prática recomendada nessa questão. Embora o artigo seja extenso, não abarca a totalidade do assunto. Aqueles que desejam conhecer mais acuradamente o tema deveriam consultar as fontes descritas nas notas de rodapé.
Para entender melhor as causas do descuido com a modéstia e seus efeitos no Adventismo, sugiro a leitura dos livros Adventismo secular[27], de Fernando Canale e Qual a roupa certa, de Samuele Bacchiocchi. Sobre o tema das joias e adornos, é indispensável a leitura de O uso de joias na Bíblia, de Ángel Manuel Rodríguez[28].
As seguintes advertências podem ser aplicadas tanto a homens como a mulheres, que formam o povo remanescente de Deus para os últimos dias da história humana.
“Não brinquem, minhas irmãs, por mais tempo com a sua própria alma e com Deus. Foi-me mostrado que a principal causa de sua apostasia é o amor que tem ao vestuário. Isso leva à negligência de sérias responsabilidades, e mal se acham possuidoras de uma centelha do amor de Deus no coração. Renunciem, sem demora, à causa de seu desvio, pois é pecado contra sua própria alma e contra Deus. Não se endureçam pelo engano do pecado. A moda está deteriorando o intelecto e carcomendo a espiritualidade de nosso povo. A obediência à moda está penetrando em nossas igrejas adventistas do sétimo dia, e fazendo mais que qualquer outro poder para separar de Deus nosso povo. Foi-me mostrado que as regras de nossa igreja são muito deficientes. Todas as manifestações de orgulho no vestuário, proibidas na Palavra de Deus, devem ser motivo suficiente para disciplina na igreja. Caso haja continuação em face de advertências, apelos e ameaças, perseverando a pessoa em seguir sua vontade perversa, isto poderá ser considerado como prova de que o coração não foi absolutamente levado à semelhança com Cristo. O eu, e unicamente o eu, é objeto de adoração, e um professo cristão assim induzirá muitos a se afastarem de Deus.”[29]
A mensageira do Senhor não poupou exortações e não escondeu as consequências se negligenciarmos a importante questão da modéstia.
“Há sobre nós, como um povo, um terrível pecado – termos permitido que os membros de nossa igreja se vistam de maneira incoerente com sua fé. Precisamos erguer-nos imediatamente, e fechar a porta contra as seduções da moda. A menos que façamos isso, nossas igrejas se tornarão desmoralizadas.”[30]
Apesar da dura realidade exposta, devemos ter esperança, pois o “amor de Cristo [nos] constrange” (2 Cor 5:14). Com sua graça, chegaremos ao padrão de santificação exaltado na Palavra de Deus, inclusive no quesito vestuário, que deve, segundo o Espírito de Profecia: “[...] possuir a graça, a beleza, a conveniência da simplicidade natural. Cristo nos advertiu contra o orgulho da vida, mas não contra sua graça e beleza naturais. Apontou às flores do campo, aos lírios desabrochando em sua pureza, e disse: ‘Nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.’ Mateus 6:29. Assim, pelas coisas da Natureza, Cristo ilustra a beleza apreciada pelo Céu, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a propriedade que Lhe tornariam aprazível nossa maneira de vestir.”[31]
Ribamar Diniz
É pastor, escritor e editor. Atualmente é mestrando em Teologia pelo SALT/FADBA, membro da Sociedade Criacionista Brasileria e pastor distrital na Missão Pará Amapá. Seus artigos podem ser lidos em www.ribamardiniz.com. Contato: ribamardiniz@hotmail.com.
Referências: [1] Dederen, Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, 786. [2] Ver Manual da Igreja, 22ª ed. (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2016), p.174. [3] Ver Manual da Igreja, p. 18. “O Manual da Igreja expressa também a compreensão da Igreja a respeito da vida cristã, do governo eclesiástico e da disciplina baseada em princípios bíblicos e na autoridade das assembleias da Associação Geral devidamente reunidas... o conteúdo de cada capítulo é de aplicação mundial, sendo aplicável a cada organização denominacional, congregação e membro”. [4] Bacchiocchi, Qual a roupa certa? 114-116. [5] Nisto cremos, 6. [6] Nisto cremos, 351. [7] Nisto cremos, 361. [8] William G. Johnsson, “On Behalf of Simplictiy”, Adventist Review, 20 de março de 1986, p. 4. Citado em Nisto Cremos, 361. [9] Nisto Cremos, 361. [10] Nisto Cremos, 361. [11] Nisto cremos, 363. [12] Nisto cremos, 363. [13] Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, prefácio à edição original em inglês, xiii.. [14] Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, prefácio à edição original em inglês, xiv. [15] Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, prefácio à edição original em inglês, prefácio à edição em língua portuguesa, xi. [16] Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, 784. [17]Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, 784. [18] Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, 784-785. [19] Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, 785. [20] Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, 786. [21] Dederen, Tratado de teologia Adventista do Sétimo Dia, 786. [22] Revista Adventista. Documento “Estilo de Vida Cristã Adventista”, 2012. [23] Estilo de vida cristã adventista: adolescentes. Revista Adventista: edição especial. Projeto da Divisão Sul Americana. Documento “Estilo de Vida Cristã Adventista” - Voto DSA 2012-383. Tatuí, são Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012. [24] Revista Adventista: edição especial, 2-6. [25] Revista Adventista: edição especial, 10. [26] Revista Adventista: edição especial, 10-11. [27] Fernando Canale, Adventismo secular? Como entender la relación entre el estilo de vida y la salvación (Lima, Perú: Universidad Peruana Unión, 2012). [28] Rodríguez, O uso de joias na Bíblia. [29] White, Testemunhos para a Igreja, vol. 4, 647-678. [30] White, Testemunhos para a Igreja, vol. 4, 678. [31] White, Ciência do Bom Viver, 289.1.
Gostaria de saber sobre um costume que está sendo introduzido no púlpito adventista, entre os pregadores e alguns pastores de não usar mais a gravata, somente o paletó.
Alguns usam paletó sem a gravata, dizendo que foi inventada pelos gays, é usam calças jeans com paletó e sem.gravata.
Estou perdida neste tema, gostaria de saber o certo.
atenciosiosamente,
Isabel
isabelcristinadealmeida@gmail.com
Ps se possível enviar resposta para meu é