Antes de ter um nome ou uma organização formal, o movimento adventista já tinha a Escola Sabatina. Desde o início, os adventistas guardadores do sábado se dedicaram a estudar profundamente a Bíblia. Nesse contexto, “Tiago White foi quem desenvolveu e publicou as primeiras lições de Escola Sabatina, começando em 1852, na edição inaugural de The Youth’s Instructor. Ele também organizou a primeira Escola Sabatina em Rochester, Nova York, em 1852” (Enciclopédia de Ellen G. White, p. 869). Desde essa época, a Escola Sabatina se firmou e seu objetivo é estudar a Bíblia, promover a confraternização, o testemunho e a missão mundial.
No início, a Escola Sabatina foi pensada para o crescimento espiritual dos jovens através do estudo da Bíblia, tornando-se, mais tarde, o centro de desenvolvimento de missionários para cumprir a missão local e mundial. Atualmente, é a maior escola do mundo, com mais de 22 milhões de alunos em 213 países.
O fato de a Escola Sabatina haver surgido na década de 1850, contribuiu no processo de organização da Igreja, já que ela se tornou um fator agregador dos crentes após o desapontamento de 1844. Desde o início, a Escola Sabatina colaborou na unidade relacional, doutrinária e missionária dos adventistas do sétimo dia. O programa conquistou o coração dos adventistas e de muitos amigos da igreja, tornando-se parte da cultura e forma de adorar e estudar a Bíblia, entre os adventistas. A Escola Sabatina confunde-se com a própria Igreja, já que está presente na maioria de suas 150 mil congregações. O lema “cada membro da igreja, um membro da escola sabatina”, usado por muitos anos, reflete a importância e o papel central dessa escola missionária mundial.
Pesquisas demonstram que os membros da Igreja reconhecem o valor tanto da Escola Sabatina como da lição para a formação de hábitos espirituais. “A Escola Sabatina recebeu a classificação mais alta de qualquer outra ferramenta para o desenvolvimento espiritual em sete das nove divisões mundiais pesquisadas: mais de 50% dos entrevistados indicaram que frequentar a Escola Sabatina os ajudava ‘muito’ no desenvolvimento da vida espiritual’” (https://www.adventistresearch.org/blog_20feb2019_pr). Com a proposta da integração entre Unidades de Ação e Pequenos Grupos, o crescimento do Projeto Maná e a iniciativa do professor pastoreador e especialmente o projeto Escola Sabatina Viva, o coração da Igreja tem sido revitalizado no Norte do Brasil, tornando-se umas das principais agências ganhadores de almas.
A Escola Sabatina, segundo Ellen White, “é importante”, “possui maravilhoso poder e se destina a realizar uma grande obra”, “proporciona a jovens e adultos o conhecimento da Palavra de Deus”, “é um campo missionário”, e o instrumento “mais eficaz, em levar pessoas a Cristo”. Por essa razão, “todos os que se interessam pela verdade devem se esforçar por torná-la próspera” (O coração da Igreja: famílias unidas na palavra e na missão, p. 5-6).
Ribamar Diniz é pastor, escritor e editor.
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